3ª Vara de Família da Comarca de Teresina desenvolve projeto que prioriza cumprimento da Meta 2 do CNJ

Publicado por: Vanessa Mendonça

 
 

Desde o dia 7 de janeiro de 2019, a 3ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Teresina desenvolve o “Projeto Ipê”, voltado à priorização do cumprimento da Meta nº 2 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para o ano de 2019, no âmbito da justiça estadual (1º Grau), esta meta determina o julgamento de “pelo menos 80% dos processos distribuídos até 31/12/2015”.

Por meio do projeto, a unidade adota um gerenciamento diferenciado dos processos relacionados à Meta nº 2, com definição de estratégias de gestão do acervo, especialmente em gabinete. “Esse projeto nasceu de uma experiência realizada no Juizado Especial de Valença. Na 3ª Vara de Família de Teresina, após a etapa de identificação dos processos, cada servidor passou a ser responsável pelo acompanhamento de uma fatia dos feitos relacionados à Meta nº 2. Definimos as estratégias e montamos um cronograma, que inclui reuniões periódicas de avaliação”, explica a magistrada Keylla Ranyere Procópio, que coordena o projeto juntamente com a juíza Elvanice Frota Gomes, magistrada auxiliar da unidade.

A sistemática do Projeto Ipê estabelece que cada servidor do gabinete é responsável pelo acompanhamento de um conjunto específico de processos, durante todas as suas fases até a sentença. “A cada fase do processo, é o mesmo servidor que atua. O processo não precisa ser estudado novamente, por outro servidor, a cada movimentação, inclusive quando o feito vai à secretaria para cumprimento. Isso garante celeridade”, detalha a magistrada, acrescentando que essa sistemática não altera os fluxos rotineiros na Vara. “Essa nova forma de gerenciamento dos processos vai colaborar para o cumprimento da Meta n° 2, para que a gente não perca de vista o andamento dos processos mais antigos, já que cada servidor ficará encarregado de acompanhá-los”, acrescenta a magistrada Elvanice Gomes.

Durante as reuniões de avaliação, são realizadas análises do andamento dos processos, solucionados eventuais entraves e fixadas padronizações de fluxo. “A equipe participa de tudo, deste a elaboração do projeto. Ela é que define as metas. A participação na gestão dos trabalhos eleva a autoestima de todos, além de unir a equipe, favorecendo a colaboração mútua entre os membros”, conta Keylla Ranyere sobre a motivação da equipe.

Ipê

A escolha do nome “Ipê” remete à identificação dos piauienses com a planta nativa da região, além da simbologia de sua florada, que acontece sempre por volta dos meses de setembro e outubro. “O ipê é uma madeira de lei, muito valorizada por sua beleza, mas também por sua força. Ela floresce com a chegada dos meses mais quentes. É como o nosso projeto: ele se dá silenciosamente ao longo dos meses, com resultados bem visíveis lá no final do ano, quando atingirmos a meta. Como uma bela florada”, explica a juíza titular da unidade, Keylla Ranyere Procópio, empolgada com os trabalhos. “Com um gerenciamento mais eficiente, a equipe está mais motivada, mais planejada, focada no cumprimento da meta”, complementa a juíza Elvanice Gomes.

“Nosso propósito também é poder ajudar outros colegas com nossa experiência. É um projeto que não necessita de um novo sistema informatizado, mas apenas de mudanças no gerenciamento da unidade”, acrescenta a juíza Keylla Ranyere, destacando os bons índices alcançados por meio de projeto similar ocorrido Juizado Especial de Valença. “Iniciamos o projeto em maio (de 2018) e em outubro já havíamos atingido 100% da meta por conta desse acompanhamento mais próximo”, relata.

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