Desembargador Fernando Lopes participa de curso sobre Violência Doméstica e Familiar da Escola Nacional da Magistratura

Publicado por: Victor Bruno

 
 

O diretor-geral da Escola Judiciária do Estado do Piauí (Ejud-PI), desembargador Fernando Lopes, participou, entre os dias 17 e 18 deste mês, do curso “Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres: Uma Análise Sociojurídica, Legislativa e Neurocientífica da Violência Psicológica”. O curso, que foi oferecido pela Escola Nacional da Magistratura (ENM), aconteceu no auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), em Brasília e contou com a participação de 33 magistrados. O juiz Jamilson Haddad, da 1.ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da comarca de Cuiabá, coordenou o evento.

Para o desembargador Fernando Lopes, o curso foi uma oportunidade para conhecer novas perspectivas sobre a violência doméstica e de como combatê-la no âmbito do Judiciário. “Este evento oferecido pela ENM representa um momento ímpar para os estudos a respeito da violência no âmbito familiar e doméstico contra a mulher. Os temas aqui discutidos, que abarcaram os efeitos do trauma no cérebro da vítima, análises sociojurídicas sobre o tema da violência, foram enriquecedores”, conclui.

A programação do primeiro dia abordou os fundamentos sociológicos da violência contra as mulheres; as diretrizes internacionais para a ação estatal diante do fenômeno global da violência de gênero e raça contra as mulheres; a Lei Maria da Penha: uma análise sociojurídica do conceito e possibilidades interpretativas da violência psicológica; a neurociência e violências psicológicas: impacto traumático sobre o cérebro; a violência psicológica e sua utilização como conduta constitutiva de diversos ilícitos no Código Penal Brasileiro, entre outros temas.

No segundo dia, foram debatidos o papel do Poder Judiciário dentro das Redes de Atenção Psicossocial Neurociência e trauma: o que perguntar às vítimas de violências psicológicas as diretrizes para ação judicial e tomada de decisão na perspectiva de gênero; os estudos de casos; a audiência simulada e os avanços legislativos brasileiros necessários.

Para Jamilson Haddad, o curso é diferenciado com abordagem não somente jurídica e social, mas neurocientífica e psicológica. “Isso traz uma compreensão mais ampla da complexidade do fenômeno da violência e de que forma implica na sociedade. Os colegas elogiaram porque é uma formatação diferente, mais ampla, o que faz compreender como que o cérebro funciona, como que a vítima reage quando está com medo ou submetida a essa violência, e de que forma isso também tem uma parte que traz os fatores secundários, inclusive na vida do próprio juiz”, disse o coordenador da ENM.

Com informações de: Ascom ENM

Compartilhe:
Print Friendly, PDF & Email