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Equipe do Núcleo de Memória percorre interior do estado em busca de objetos históricos

 
 

Nesta semana, a equipe do Programa Gestão Documental, Memória e História do Poder Judiciário do Estado do Piauí – PRODOC/TJPI, que constitui o Núcleo de Memória Judicial,  percorreu as cidades de Campo Maior, Castelo do Piauí e Buriti dos Montes em busca de documentos, processos, objetos e demais registros de valor histórico, que integrarão o acervo do Museu Judiciário Piauiense.

Na cidade de Castelo do Piauí – antiga comarca de Marvão, uma das quatro primeiras comarcas do estado, instalada em 1833, tendo identificado e recolhido uma sineta, de aproximadamente 100 anos, utilizada pelos juízes nas audiências de júri para chamar atenção dos jurisdicionados, por exemplo, quando as audiências estavam tumultuadas; além de duas urnas em madeira – em bom estado de conservação, utilizadas para depósito dos votos no Tribunal Popular do Júri, do início do século XX.

Urnas utilizadas para depósito dos votos no Tribunal Popular do Júri

Foram localizados, ainda, processos centenários, um livro de ata de 1912 – a ser encaminhado para restauração, além de dezenas de livros em que eram lavradas as sentenças, firmados por Magistrados que já atuaram na comarca de Marvão, entre eles, o desembargador Fernando da Silva Lopes Sobrinho, quando exercia o cargo de juiz na Comarca.

Na cidade de Buriti dos Montes, cerca de 250 km de Teresina, a equipe foi recepcionada pelo prefeito municipal, Olavo Júnior, que designou um representante para acompanhá-los ao histórico Museu Comunitário Aristides do Monte Torres, localizado no povoado Tranqueira, e que guarda importantes registros da históricos e memoriais. 

 

A expedição também passou pela cidade de Campo Maior, visitando Cartórios e Museus em busca de peças e documentos relacionados à História do Poder Judiciário do Piauí.

Para Rafael Dantas, Secretário Executivo do Núcleo de Memória Judicial,  esse processo de busca ativa é de fundamental importância para a construção de um espaço de história e memória que consiga retratar ,de forma fidedigna, a identidade do Poder Judiciário Piauiense.

“A realização dessas visitas, com a identificação – e quando possível, a coleta – desses bens, documentos e objetos de valor histórico, nessas comarcas do interior do estado é de extrema importância no processo de consolidação da preservação da memória institucional do Poder Judiciário do Estado do Piauí. Dessa forma, os territórios que receberam os primeiros núcleos judiciais do Piauí – incluindo o seu povo, seus servidores e magistrados contribuirão de forma primordial para a construção da identidade do Museu Judiciário do Piauí. O envolvimento dessas Comarcas históricas nesse processo representa o reconhecimento e a relevância desses locais, e das mulheres e homens que participaram dessa jornada democrática”, finalizou Rafael Dantas.

Ainda em fase de estruturação, a equipe do Núcleo de Memória Judicial busca por documentos, bens e outros objetos de valor histórico em cada canto do Estado, para contar a história do Judiciário Piauiense. Nesta etapa, os catalogadores identificam e – quando possível, recolhem os artefatos históricos dispostos pelos fóruns de cada município e fazem uma avaliação minuciosa da peça e, em seguida, realizam o transporte para a capital Teresina para tratamento e disponibilização em espaço adequado.

Livros em que eram lavradas as sentenças.

Nas próximas expedições, o Núcleo de Memória Judicial percorrerá as comarcas de Amarante, Jerumenha, Oeiras, Picos, Floriano, Valença, Bertolínia e Paranaguá. A equipe que está percorrendo as cidades em busca de artefatos é composta pelo vice-presidente  do Núcleo de Memória Judicial, o Juiz de Direito Edson Alves, acompanhado pelo Secretário do Núcleo de Memória, Professor Willame Carvalho, com apoio do Secretário Executivo do Núcleo de Memória Judicial, Rafael Dantas Nery.

 

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