Curso abordará como implantar estratégias de gestão mais eficientes nas unidades judiciárias
Publicado por: Paula Danielle
Como melhorar a produtividade no poder Judiciário sem sobrecarregar servidores e magistrados, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável através de novas e eficientes estratégias de gestão. É com esse desafio que a Corregedoria Geral da Justiça promove na próxima sexta (20), a partir das 8h, no auditório do Tribunal de Justiça, o Curso “Administração Judicial Aplicada”, ministrado pelo juiz federal Dr. Carlos Henrique Borlido Haddad.
Na ocasião, magistrados e secretários de vara, diretores dos juizados e além de representantes do Centro Judiciário de Resolução de Conflitos e Cidadania e dos juizados especiais vão entender quais as melhores estratégias para se aliar produtividade a um bom ambiente de trabalho. “Atualmente, é imperiosa a necessidade de se aplicar gestão no sistema de Justiça. O poder judiciário brasileiro, seja no âmbito cível ou criminal, possui muitos problemas. Os recursos são finitos, e na atual crise econômica não se pode esperar que mais dinheiro esteja disponível para se aumentar a produtividade nas unidades judiciárias. Assim, magistrados e servidores terão que pensar em estratégias para fazer frente aos desafios que o Poder Judiciário atualmente enfrenta”, explica Carlos Haddad.
Para aplicar esse novo modelo, o juiz federal vai trazer o que de mais eficiente vem se fazendo no país. “Vamos mostrar como se implanta na prática o modelo de gestão judicial. Esse modelo, já implantado em varas do Trabalho, da Justiça Estadual, Justiça Federal, se estrutura em cinco pilares e gera resultados significativos”, garante o juiz federal.
Ele ainda ressalta que o resultado vai muito além da produtividade. “Tudo isso melhora não apenas o trabalho que jurisdicionado vê no final da prestação de serviço, mas também a qualidade de vida daquelas pessoas que trabalham no Judiciário. Vamos abordar melhoria contínua, ritual de gestão, implantação de indicadores, gestão por competências. Isso tudo sem que precise de recursos financeiros adicionais, sem que haja esforços sobre-humanos, mas simplesmente racionalizando o trabalho, traçando estratégias, medindo tudo que se faz por indicadores, estabelecendo metas e mantendo uma convivência muito saudável”, pontua o palestrante.
Para o Corregedor Geral da Justiça no Piauí, desembargador Hilo de Almeida Sousa, o objetivo da Corregedoria é incentivar, ajustar e criar novos caminhos para o Judiciário piauiense, no âmbito do primeiro grau. “Nosso objetivo é promover estratégias inteligentes, eficientes e modernas para incrementar as gestões das unidades judiciárias piauienses, no âmbito do primeiro grau. Temos excelentes servidores, magistrados e sabemos que todos têm realidades diferentes, com problemas diferentes. Por isso, precisamos encontrar soluções para oferecer um modelo de gestão judicial mais competente e que aperfeiçoe nossa prestação jurisdicional”,disse.
Carlos Haddad
O Juiz Federal, Dr. Carlos Henrique Borlido Addad, possui graduação em Direito pela Faculdade de Direito da UFMG, tem mestrado e doutorado em Ciências Penais pela mesma universidade. É pós-doutor pela Universidade de Michigan, Estados Unidos. Atualmente é Juiz Federal – Justiça Federal Seção Judiciária de Minas Gerais – e Professor Adjunto da Faculdade de Direito da UFMG, onde também atua como Diretor da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas. Tem experiência na área de Administração da Justiça, além de atuar na Formação de Juízes, certificado pela École Nationale de la Magistrature, França.
As inscrições, que podem ser feitas até dia 19, podem ser feitas aqui: