Empréstimos consignados: inteligência artificial acelera julgamentos de processos
Publicado por: Viviane Bandeira
A Corregedoria Geral da Justiça lançou hoje (16) o sistema Inteligência em Processo Eletrônico-Ipê, com o objetivo de acelerar o julgamento de demandas de massa, como processos de empréstimos consignados.
O sistema será aplicado inicialmente na 2ª Vara de Pero II e na 2ª Vara de Campo Maior.
“As unidades para a implantação-piloto do sistema foram escolhidas em função da alta demanda de processos sobre empréstimos consignados, os que as torna ideais para a utilização, validação e aprimoramento do sistema Inteligência em Processo Eletrônico-Ipê. O Ipê trará inúmeros benefícios para o Poder Judiciário do Piauí, agilizando processos e melhorando a eficiência geral. A parceria com o STJ é uma prova do compromisso em utilizar tecnologia de ponta para tornar o processo judicial mais eficiente e justo”, destacou o desembargador Olímpio José Passos Galvão, corregedor-geral da Justiça do Piauí.
Para o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Hilo de Almeida Sousa, os sistemas desenvolvidos pela Corregedoria causarão um forte impacto positivo na prestação jurisdicional: “Essas ferramentas permitirão o diagnóstico preciso de cada unidade e apoiarão os magistrados na priorização das demandas mais urgentes. É nosso compromisso com a sociedade prestar um serviço de alta qualidade. Estou muito feliz e impactado com o trabalho da Corregedoria”, declarou.
Desenvolvido pelo Núcleo de Aceleração de Projetos e Inteligência Artificial-Napia da Corregedoria Geral da Justiça em parceria com o Superior Tribunal de Justiça-STJ, o sistema Ipê é uma ferramenta de inteligência artificial que utiliza técnicas avançadas de processamento de linguagem natural para identificar a similaridade entre os documentos existentes em um processo.
“A ferramenta pode realizar diversas atividades, como análise de prevenções, identificação de demandas predatórias, agrupamento de processos para julgamentos em lote, busca de jurisprudências e muito mais”, explicou Leandro Sampaio, coordenador do Núcleo de Aceleração de Projetos e Inteligência Artificial-Napia da Corregedoria Geral da Justiça.
Para Sávio Carneiro, membro do Núcleo de Aceleração de Projetos e Inteligência Artificial-Napia da Corregedoria Geral da Justiça, a implantação do sistema Ipê inicialmente em duas unidades judiciárias de comarcas diferentes permite que a ferramenta seja testada em diferentes contextos e cenários: “A implantação-piloto fornecerá informações valiosas para avaliar a eficácia do sistema em diferentes condições, permitindo que sejam feitas melhorias e ajustes necessários antes da expansão para outras unidades. A escolha das unidades-piloto foi, portanto, cuidadosamente planejada e considerada para garantir que o Ipê seja o mais eficiente e eficaz possível”, assegurou.