Flores Incultas: TJPI busca combater a violência contra mulher por meio da educação
Publicado por: Joelma de Sousa Abreu
Dando seguimento ao calendário do projeto Flores Incultas no mês de agosto, nesta sexta-feira(26) foi a vez da Escola Municipal Raimundo Nonato Monteiro Santana, zona Sul de Teresina, receber a equipe do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.
A equipe composta pelo juiz auxiliar da Presidência, Lirton Nogueira; a secretária de Gestão Estratégica, Lanny Cléo, e os servidores Paulo Rodrigues e Gustavo Gersten levaram ao conhecimento dos professores(as), pais e estudantes da unidade de ensino os principais métodos de combate à violência contra a mulher.
“As varas específicas de violência contra mulher estão abarrotadas de processos e um número crescente cada vez mais e não basta somente que o Judiciário julgue esses processos, é preciso partimos para educação, instrução para que esses casos não aconteçam”, destacou o Lirton Nogueira.
Dados recentes do painel Mulheres, do Tribunal de Justiça do Piauí, revelam o recebimento de 71,74 processos por dia pelo Poder Judiciário piauiense em relação à temática de violência contra mulheres. São quase três processos por hora. Lanny Cléo, destacou como os estudantes podem ser os grandes agentes de combate à violência doméstica.
“Vocês têm mãe, avós, tias, primas, amigas e terão filhas certamente, então, também é papel de vocês protegerem essas mulheres para que não seja preciso criar leis para dizer ‘não matem as mulheres’, não é essa sociedade que queremos para nossos filhos. O Tribunal de Justiça do Piauí está diariamente fazendo seu papel, mas precisa de agentes que também combatem a violência contra mulher, por isso estamos aqui”, destacou Lanny Cléo.
A diretora da escola, Sara Costa, conheceu o projeto através da Secretaria Municipal de Educação de Teresina(Semec) e logo percebeu que as informações seriam de grande importância para a escola.
“Conhecemos o projeto por meio da Semec e como vivemos em uma comunidade carente de informações, por vermos muitos relatos de mães que vivem relacionamento abusivo e não conseguem sair daquela situação, nossos alunos muitas vezes relatam que os pais brigaram e foram dormir na casa de um parente e não conseguem vir para a escola, então essas informações são úteis porque, além de conviverem com essa realidade, eles podem ajudar outras pessoas que estejam vivendo situação parecida, então recebemos o projeto com muita alegria aqui na escola”, revelou a diretora.