Notícias Desempenho (11/10/2012 - 11:58)
TRF da 1ª Região e TJ-PI têm o pior desempenho do Judiciário
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região (que abrange o Distrito Federal e cinco Estados) e o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) têm o pior desempenho do Judiciário brasileiro. A conclusão faz parte de uma pesquisa do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que lançou nesta quarta-feira, em Brasília, o Índice de Desempenho da Justiça (IDJus).
TJ gaúcho é o mais eficientes do país, mostra estudo
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul é o mais eficiente do país de acordo com o Índice de Desempenho da Justiça (IDJus). O sistema, lançado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), nesta quarta-feira (10/10), é primeiro indicador sistemático sobre a gestão dos tribunais brasileiros. Entre os tribunais estaduais, o do Piauí é o mais mal avaliado. O objetivo do IDJus é permitir a mensuração das diferenças de produtividade entre os segmentos do Judiciário para auxiliar na melhor utilização dos recursos.
O índice aponta para uma disparidade entre os tribunais das diferentes regiões brasileiras. De acordo com a pesquisadora do CPJus, Neide De Sordi, há uma prevalência dos tribunais localizados nos Estados “do centro-sul do país” entre os mais bem classificados no índice. Isto confirma, segundo ela, a influência das disparidades socioeconômicas regionais brasileiras. “A utilidade do índice é a de apoiar os tribunais para que possam planejar melhorias e aprimorar as suas performances”, afirmou a pesquisadora.
No lançamento do sistema, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, explicou que o índice pretende incorporar em breve o Ministério Público, a Defensoria e a Justiça Eleitoral.
Participaram do lançamento do IDJus o corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ricardo Villas Bôas Cueva, o ministro aposentado do STJ, Ruy Rosado, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavacalnte.
Metodologia
O levantamento desenvolvido pelo Centro de Pesquisas sobre o Sistema de Justiça brasileiro (CPJus) foi construído a partir de diversas fontes de informação — IBGE, IPEA e DPJ/CNJ, por exemplo —, e seguirá metodologia semelhante à aplicada no IDH, cuja medida é resultado de múltiplas medições.
O ranking foi elaborado a partir da análise de dados referentes às gestões orçamentária, de recursos e de processos dos tribunais brasileiros, levando em conta os dados do programa Justiça em Números do CNJ. Foram considerados temas como despesas, receitas, transferências, recursos humanos, tecnologia, litigiosidade e produtividade. Além dos números referentes aos tribunais, foram usados também os da primeira instância.
O índice foi dividido em três grupos, avaliando a eficiência não apenas dos tribunais de Justiça dos Estados, mas também dos tribunais regionais federais e dos tribunais do trabalho. Na categoria trabalhista, o primeiro colocado é o TRT de Goiás e o último, o da Paraíba. Já entre os TRFs, o mais bem avaliado é o da 4ª Região, que abrange os Estados do Sul do Brasil. O de pior desempenho é o da 1ª Região, localizado em Brasília, que engloba o Distrito Federal e mais 13 Estados.
Veja abaixo os rankings conforme o IDJus, cuja escala varia de 0 a 100 pontos:
Veja abaixo os rankings conforme o IDJus, cuja escala varia de 0 a 100 pontos:
Justiça Estadual |
|||||
Posição |
Tribunal |
Dimensão |
ID Jus |
||
Gestão Orçamentária |
Gestão de Recursos |
Gestão de Processos |
|||
1 |
TJ-RS |
69,9% |
50,9% |
77,6% |
69 |
2 |
TJ-MS |
72,1% |
45,9% |
69,3% |
64,2 |
3 |
TJ-SE |
41,9% |
59,3% |
58,8% |
54,7 |
4 |
TJ-RJ |
68,3% |
53,1% |
47,7% |
54,2 |
5 |
TJ-AC |
52% |
42% |
57% |
52 |
6 |
TJ-SC |
74,4% |
59% |
35,1% |
50,9 |
7 |
TJ-RO |
53,3% |
49,2% |
48,1% |
49,7 |
8 |
TJ-MG |
49,5% |
48,2% |
49,3% |
49,1 |
9 |
TJ-PA |
56,1% |
37,9% |
48,3% |
47,6 |
10 |
TJ-PR |
49,8% |
51,9% |
42,9% |
46,9 |
11 |
TJ-SP |
62,5% |
44,2% |
37,3% |
45,3 |
12 |
TJ-BA |
48,9% |
53,4% |
38,3% |
44,7 |
13 |
TJ-RN |
46,8% |
48,3% |
38,4% |
43 |
14 |
TJ-MT |
57,2% |
48,5% |
31% |
41,9 |
15 |
TJ-AL |
46,3% |
40,6% |
35,6% |
39,5 |
16 |
TJ-GO |
31,7% |
49,6% |
38,3% |
39,5 |
17 |
TJ-PE |
44,1% |
52,1% |
30,1% |
39,1 |
18 |
TJ-CE |
40,5% |
48,5% |
33% |
38,7 |
19 |
TJ-RR |
39,6% |
31,7% |
37,9% |
36,8 |
20 |
TJ-AM |
41,3% |
40,3% |
30,5% |
35,6 |
21 |
TJ-AP |
30,5% |
42,7% |
34,2% |
35,4 |
22 |
TJ-PB |
42% |
44% |
26,3% |
34,6 |
23 |
TJ-DF* |
35,6% |
50,8% |
25,3% |
34,3 |
24 |
TJ-MA |
38,4% |
43,1% |
26,2% |
33,5 |
25 |
TJ-ES |
43,2% |
38,3% |
25,7% |
33,3 |
26 |
TJ-TO |
47,6% |
30,8% |
18,6% |
28,9 |
27 |
TJ-PI |
43% |
44,7% |
13,5% |
28,7 |
* Tendo em vista as peculiaridades relativas ao custeio, pela União Federal, do Poder Judiciário no Distrito Federal, há que se ponderar eventuais especifidades do TJDFT quando colocado em comparação com os demais tribunais de justiça dos Estados, principalmente no que se refere aos temas referente a despesas com recusos humanos. |
Justiça Federal |
||||||
Posição |
Tribunal |
UFs abrangidas |
Dimensão |
ID Jus |
||
Gestão Orçamentária |
Gestão de Recursos |
Gestão de Processos |
||||
1 |
TRF 4ª Região |
Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina |
65,5% |
66,4% |
66,3% |
66,1 |
2 |
TRF 5ª Região |
São Paulo e Mato Grosso do Sul |
60,9% |
55,4% |
68,6% |
63,4 |
3 |
TRF 3ª Região |
Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba |
44,2% |
48,9% |
57,3% |
51,9 |
4 |
TRF 2ª Região |
Rio de Janeiro e Espírito Santo |
24,2% |
58,6% |
33,6% |
37,5 |
5 |
TRF 1ª Região |
Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima Rondônia, Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí |
22,8% |
40,3% |
25,1% |
28,3 |
Justiça Trabalhista |
||||||
Posição |
Tribunal |
UFs abrangidas |
Dimensão |
ID Jus |
||
Gestão Orçamentária |
Gestão de Recursos |
Gestão de Processos |
||||
1 |
TRT 18ª Região |
Goiás |
57,3% |
52,3% |
82,3% |
68,5 |
2 |
TRT 03ª Região |
Minas Gerais |
62,5% |
55,6% |
70,3% |
64,7 |
3 |
TRT 01ª Região |
Rio de Janeiro |
57,2% |
46,2% |
68,5% |
60,1 |
4 |
TRT 02ª Região |
São Paulo |
32,9% |
54% |
70,6% |
57 |
5 |
TRT 08ª Região |
Pará e Amapá |
51,5% |
54,2% |
59,8% |
56,3 |
6 |
TRT 21ª Região |
Rio Grande do Norte |
59,6% |
50,8% |
56,4% |
55,8 |
7 |
TRT 20ª Região |
Sergipe |
55,6% |
56,2% |
53,9% |
54,9 |
8 |
TRT 04ª Região |
Rio Grande do Sul |
65,5% |
62,2% |
44,2% |
54,1 |
9 |
TRT 17ª Região |
Espírito Santo |
70,2% |
56% |
44,1% |
53,6 |
10 |
TRT 15ª Região |
Campinas |
62,7% |
51,1% |
47,2% |
52 |
11 |
TRT 11ª Região |
Amazonas e Roraima |
33,4% |
37,7% |
67,8% |
51,7 |
12 |
TRT 09ª Região |
Paraná |
55,7% |
52,5% |
49,1% |
51,6 |
13 |
TRT 05ª Região |
Bahia |
52,4% |
57,1% |
46% |
50,4 |
14 |
TRT 06ª Região |
Pernambuco |
40,3% |
51,5% |
54,5% |
50,2 |
15 |
TRT 10ª Região |
Distrito Federal e Tocantins |
57,1% |
47,1% |
45,2% |
48,6 |
16 |
TRT 22ª Região |
Piauí |
41,8% |
47% |
48,4% |
46,4 |
17 |
TRT 12ª Região |
Santa Catarina |
48,8% |
58% |
39,1% |
46,2 |
18 |
TRT 14ª Região |
Rondônia e Acre |
38% |
49,5% |
48,5% |
46,1 |
19 |
TRT 24ª Região |
Mato Grosso do Sul |
28,6% |
56,8% |
44% |
43,4 |
20 |
TRT 19ª Região |
Alagoas |
41,8% |
54,5% |
35,5% |
41,8 |
21 |
TRT 16ª Região |
Maranhão |
32,1% |
52,7% |
39,3% |
40,8 |
22 |
TRT 23ª Região |
Mato Grosso |
36,1% |
56,4% |
35,5% |
40,8 |
23 |
TRT 07ª Região |
Ceará |
42,4% |
52% |
29,9% |
37,5 |
24 |
TRT 13ª Região |
Paraíba |
28% |
51,9% |
9,3% |
24,6 |