Notícias Evolução (09/11/2011 - 12:14)      

Juiz José Airton destaca evolução do Judiciário em 120 anos

O Tribunal de Justiça do Estado do Piauí publica uma série de entrevistas com representantes do Judiciário. Juízes que, por seus relevantes serviços, representam a magistratura piauiense. A série de entrevistas vai estar disponível no site do TJ e faz parte das comemorações dos 120 anos do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí:



"JOSÉ AIRTON MEDEIROS DE SOUSA, natural de Várzea Grande-PI, onde concluiu o Ensino Médio. Ingressou no TJ-PI em maio de 2002. Foi juiz titular das Comarcas de Caracol-PI, Pimenteiras-PI e atualmente é Juiz da Comarca de Paulistana-PI e Presidente da Associação dos Magistrados Piauienses, com exercício até dezembro de 2013."


1)  Como o senhor vê o  papel das novas tecnologias no trabalho diário do juiz ?

Como em todo e qualquer campo da atuação humana, as novas tecnologias apresentarm-se como instrumento indispensável ao desempenho da função de julgar. O Juiz deve está antenado com o seu tempo, e o tempo atual remete à tecnologia, assim, devemos está atentos ao processo virtual o qual, em breve, estará em todas Varas e Comarcas e, certamente, será ferramenta que muito contribuirá para a rapidez no andamento dos processos, ajudando o Poder Judiciário a superar, talvez o seu maior mal da modernidade.

2) Quais as principais realizações e também as dificuldades encontradas pelo Sr. à frente da AMAPI?

Quanto às dificuldades, temos os poucos recursos disponíveis, pois sendo uma associação com um quadro pequeno de associados, não há arrecadação significativa. No que diz respeito às conquistas, tivermos nesse curto espaço de tempo a oportunidade de conseguir junto ao TJ a redução da diferença de remunerações entre as entrâncias, e ainda a criação dos cargos de Juizes Auxiliares; tais conquistas foram, na verdade, pleitos da AMAPI que foram prontamente atendidos pelo TJ, durante a administração do Des. Edvaldo Moura.
 

3) Como a conciliação tem ajudado a desafogar processos e dirimir a lentidão jurisdicional também nas comarcas do interior?

De todas as formas de solução de conflitos, a conciliação apresenta-se a melhor delas, pois quando as partes constroem a solução para o seu litígio, ela é satisfatória para ambas as partes. No interior do Estado, como em todo o país, este meio de solução muito tem contribuído porque é mais satisfatório, como assentado é muito mais rápido. A sociedade precisa compreender que diversos dos seus problemas podem e devem ser solucionados por meio da conciliação e o TJ do Piaui tem, razoavelmente, disponibilizado os meios para isso.

4) Como programas como SEAS e a Justiça Itinerante tem ajudado os juízes do interior ?

O acúmulo de serviço é o grande problema no interior do Estado, onde há carência flagrante de servidores e iniciativa como estas contribuem em muito para o andamento mais rápido dos processos porque, quanto à SEAS, vem e organiza a Secretaria com os conhecimentos já adquiridos, e a Justiça Itinenerante vem e proporciona às pessoas ajuizar ações das mais diversas naturezas e terem uma sentença no mesmo dia.

5) A produtividade serve de estímulo ao magistrado?

A dinâmica da vida atual exige resultados. O princípio da eficiência foi inserido na Constituição como mais um a ser atendido pelo Poder Judiciário, assim, os juízes precisam, e estão cientes, da necessidade de dar uma resposta mais rápida às demandas que lhes são postas; entretanto, não se pode pretender elevar a produtividade, o número de sentenças, a qualquer custo, sem esquecer que atrás de cada sentença existem bens muito caros às pessoas, devendo a sociedade compreender que nem sempre a melhor sentença, pode sair no menor tempo. Diversas questões merecem apurada análise por parte do Magistrado, o que nem sempre é condizente com a busca por produtividade.

Fonte: Ascom - TJ-PI, com foto da Ascom - AMAPI