Baixar para Avançar conclui trabalho na 4ª Vara Criminal e premia servidores
Publicado por: Paula Danielle
Com menos de um mês, o Projeto Baixar para Avançar, da Corregedoria Geral da Justiça já vem aumentando significativamente o índice de produtividade das Varas Criminais em Teresina. A meta é dar baixa em todos os processos aptos para serem finalizados, melhorando a taxa de congestionamento e a produtividade das unidades .
O programa já concluiu os trabalhos na 4ª Vara e continua na 2ª, 5ª e 7ª Varas Criminais, em Teresina. “Estamos trabalhando com seis servidores, que são distribuídos entre as unidades. Além da baixa efetiva, fazemos minutas de sentença. A orientação da Corregedoria é auxiliar as unidades a finalizar a tramitação dos seus processos e fazer real diferença no que se refere aos índices de produtividade do Poder Judiciário”, explica Pedro Paulo Silva, coordenador do projeto.
Ele ressalta que só na 5ª Vara, a produtividade na realização de minutas de sentença, quando comparada ao mês passado, aumentou em 25%. “Foram 268 minutas de sentenças, em duas semanas. Até agora já arquivados mais de mil processos. No mês de julho começaremos a percorrer as varas cíveis e o interior do Estado. Nosso objetivo é passar por todas as unidades que realmente precisam, dando a nossa parcela de contribuição para a diminuição da taxa de congestionamento”, destaca Pedro Paulo.
O Corregedor Geral da Justiça, desembargador Hilo de Almeida Souza explica que o projeto é a segunda etapa de uma série de três projetos que têm como objetivo final melhorar a produtividade do poder Judiciário. “O Gabinete Itinerante e a Digitalização de Processos, aliados ao Baixar para Avançar formam uma tríade de ações efetivas da Corregedoria Geral da Justiça em busca da produtividade. Em todas as frentes, temos conquistado excelentes resultados, especialmente pelo trabalho dos nossos próprios servidores e da nossa equipe. Estou muito confiante que vamos melhorar ainda mais a prestação jurisdicional”, garantiu o desembargador.
A secretária geral da CGJ, Mônica Lopes, que idealizou o projeto, ressaltou que o programa é mais um caminho que a Corregedoria vem percorrendo para fazer a diferença na melhoria dos índices da Justiça, no Piauí. “Estou muito feliz em ver que, com nossos próprios servidores, estamos conseguindo resultados tão expressivos. Ele é a prova de que somos capazes de surpreender e, com o nosso próprio pessoal, que é valioso e comprometido, podemos sim sair da condição de patinho feio para sermos uma referência”, acredita.
Como forma de agradecimento, a Corregedoria Geral da Justiça entregou nesta quinta-feira (6) um certificado para os servidores que se despedem do projeto, dando lugar a outros, que vão passar a compor a equipe. “É uma prova do nosso reconhecimento e gratidão. Esses servidores foram cedidos pelos juízes das suas unidades e, nessas duras horas a mais de trabalho, deram uma contribuição importante para esse projeto, que sem dúvida vai ser essencial nessa jornada”, explicou Mônica Lopes.
Para o oficial de gabinete Adoniesio Vasconcelos, lotado na 5ª Vara Criminal foi uma experiência gratificante. “Lido todos os dias com processos de violência doméstica e fazer parte desse projeto, que é inovador, foi muito bom. A gente vê o quanto ele beneficia o jurisdicionado, beneficia a população”, disse o servidor que minutou mais de 270 sentenças em vinte dias.
Na entrega dos certificados, o juiz auxiliar da CGJ, Manoel de Souza Dourado, destacou a importância desse momento, não apenas pelos seus resultados, mas também por revelar a competência dos servidores envolvidos. “Esse é um trabalho com DNA de gestão moderna, que revela nossas pérolas. Grandes e competentes servidores que, quando estimulados, mostram tudo são capazes. Parabéns a todos”, disse o magistrado.
Instituído através do Provimento Nº 4, o projeto funciona num sistema de colaboração, com servidores cedidos pelas Varas, que passam a trabalhar em outras unidades com tempo determinado. De forma rotativa, os envolvidos ganham uma gratificação por condições especiais de trabalho da CGJ.