CGJ e GMF-PI promovem reunião sobre atuação de organizações criminosas no sistema penitenciário piauiense
Publicado por: Eliane Alves
Nesta sexta-feira(19), a Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Piauí (CGJ-PI) e o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Piauí (GMF-PI) promoveram reunião com juízes das principais comarcas do Piauí com foco na atuação de organizações criminosas no sistema prisional piauiense. O evento contou com a participação do corregedor-geral da Justiça do Estado do Piauí, desembargador Fernando Lopes, e do desembargador Joaquim Santana, supervisor do GMF-PI.
Palestrante, Sandro Abel Barradas, diretor de Políticas Penitenciárias do Departamento Nacional Penitenciário, do Ministério da Justiça, fez um recorte histórico sobre a atuação de organizações criminosas no cenário regional e como elas causam impacto nos dias atuais.
Também palestrante, o delegado Charles Pessoa, da Polícia Civil do Estado do Piauí, detalhou como essas organizações são estruturadas, bem como os protocolos implantados para manter o controle dentro das unidades penais.
“Esse é um tema instigante e que preocupa o Sistema de Justiça não só do Piauí, mas do Brasil: o país passa por uma crise na segurança pública ocasionada por uma série de fatores; é uma questão é complexa. E o aumento do domínio dessas organizações criminosas tem ocorrido não só dentro dos presídios, mas, também, no núcleo externo dos presídios”, ponderou o desembargador-corregedor Fernando Lopes.
O magistrado, José Vidal de Freitas, juiz titular da Vara de Execuções Penais da Comarca de Teresina e coordenador do GMF-PI, apresentou um panorama do sistema penitenciário piauiense e ressaltou que se tem “constatado que as organizações criminosas atingiram os estabelecimentos prisionais, ocasionando a separação de alas, de pavilhões de presídios para membros de organizações diferentes, mortes, controle e atuação na sociedade externa, promovendo crimes e causando falta de tranquilidade geral”. Participaram, ainda, da reunião os juízes de varas com competência para execução penal das principais comarcas do Estado.