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Núcleo de Memória Judicial do TJ-PI lança exposição sobre escravidão no Piauí

 
 

O Núcleo de Memória Judicial do Tribunal de Justiça do Piauí lança, na quarta-feira(15), às 10h, no hall do Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Souza Neto, em Teresina-PI, a exposição documental Escravidão, em comemoração aos 133 anos da abolição da escravidão no Brasil.

A mostra conta com vários documentos originais da época como cartas de alforrias, comprovantes de compra e venda de escravos, crimes envolvendo escravos e outros registros documentais que marcam o período da escravidão, no Piauí, recolhidos pelo Núcleo de Memória do TJ-PI, nas comarcas de Jerumenha, Oeiras, Campo Maior, Castelo, Amarante, Pedro II, Santa Filomena e Piracuruca.

Um dos documentos que desperta curiosidade no público é o relato contido na Carta de Liberdade de 04 de novembro de 1887, em que a escrava Selestina aos 40 anos de idade comprou a própria liberdade, por 125 mil réis, do senhor Ernesto Pereira Bacellar, na Comarca de Santa Filomena no Piauí. 

Outro documento que chama atenção, na exposição, é a Portaria do subdelegado do Distrito de Piracuruca e auto de desobediência pelo Reverendo Vigário da Freguesia, Máximo Martins Ferreira. O escravo Franco fora cruelmente cortado pelo vigário e para que isso se confirmasse, o subdelegado chamou o escravo para ser examinado, em 5 de março de 1876. 

Segundo o Presidente do Núcleo de Memória, desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, a exposição é uma marco por ser a primeira vez que o Tribunal de Justiça do Piauí irá prestigiar um período histórico tão marcante para a memória do povo brasileiro e irá ajudar a resgatar a história de vida de milhares de pessoas escravizadas no Brasil Colônia e Brasil Império.  

O professor, Willame Carvalho, curador da exposição, considera a exposição uma grande oportunidade do Tribunal de Justiça divulgar seu acervo histórico riquíssimo de documentos, que serão disponibilizados para ajudar estudantes, pesquisadores, historiadores e toda a sociedade. 

A exposição ficará aberta ao público em geral nos dias 15 e 16 de dezembro e faz parte de uma das iniciativas iniciativas do Núcleo de Memória Judicial do Piauí, visando a instalação do Museu do Judiciário Piauiense, em de 2022, e conta com apoio do TJ-PI, Escola Judiciária do Piauí(EJUD-PI), Corregedoria Geral da Justiça.

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