Parnaíba realiza projeto de círculos de fortalecimento com mulheres vítimas de violência doméstica
Publicado por: Guilherme Torres
O Núcleo de Justiça Restaurativa de Parnaíba-PI, criou o projeto Círculos de Fortalecimento de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica: Juntas, Superando a Violência. Em dois meses, o projeto já realizou duas reuniões com instituições da rede de combate à violência doméstica em Parnaíba, para apresentação do projeto e alinhamento estratégico, e realizou três círculos de fortalecimento de mulheres, atendendo em torno de 20 mulheres.
O projeto consiste em realizar círculos de diálogo com mulheres vítimas de violência doméstica, com o objetivo de acolher e dar suporte a essas mulheres, para lidarem e superarem as dificuldades decorrentes da violência doméstica.
Fazendo uso da metodologia de círculos de construção de paz, dentro das práticas de Justiça Restaurativa, a iniciativa visa prestar apoio humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica; disseminar a cultura de paz através das práticas de restaurativas e favorecer o diálogo do Judiciário com outras instituições e com a sociedade.
“Através de um trabalho em rede, com instituições parceiras do projeto, como a SPV, CREAS e o Núcleo da Mulher da Defensoria Pública em Parnaíba, identificaremos e acolheremos essas mulheres vítimas de violência, trazendo-as para a participar dos círculos de fortalecimento promovidos pelas facilitadoras de práticas restaurativas, que contam com o apoio de uma assistente social do Núcleo de Atendimento Multidisciplinar”, explica o juiz Georges Cobiniano, coordenador do Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Piauí.
A nova iniciativa faz parte Banco de Boas Prática do Poder Judiciário do Estado do Piauí, no Eixo Temático Combate à Violência Doméstica, que tem por finalidade identificar, catalogar e disseminar as boas práticas de gestão, com vistas a assegurar uma troca contínua de experiências de trabalho entre as diversas unidades administrativas e judiciárias, compartilhando boas práticas em gestão judiciária e propondo novas iniciativas para melhoria da prestação jurisdicional.
“Apesar de algumas instituições ainda possuírem uma resistência ao trabalho desenvolvido pela Justiça Restaurativa, por desconhecimento de suas práticas e finalidades, é muito importante que elas conheçam o trabalho que desenvolvemos e os nossos resultados. Estamos a cada dia mudando a vida de mulheres que enfrentam a batalha da violência doméstica”, conclui Georges Cobiniano.